.“Ao cassarem meu mandato, rasgaram meu coração; as pessoas que fizeram isso não têm moral sequer para levantar a vista e me olhar nos olhos”.
Hildebrando Pascoal foi entrevistado pelo reporter Marcelo Resende
Ele deu uma entrevista longa ao reporte Marcelo Resende, a quem disse que os braços e as mãos de Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, não foram cortados por um motosserra, mas sim, com um terçado. “Não foi motosserra, foi terçado mesmo”, afirmou Pascoal.
Ele disse que o ex-vereador Alípio Ferreira, falecido há alguns anos, foi quem matou Baiano. “Ele perdeu as chaves das algemas e ai decidiu cortar as penas e os braços de Baiano”, contou o ex-coronel das Policia Militar do Acre.
Apesar de admitir que ter participação em algumas denúncias contra à sua pessoa, Hildebrando garante que nunca matou ninguém, nem mesmo José Hugo, que assassinou seu irmão, Itamar Pascoal no pátio de um posto de combustível, em Rio Branco.
“Não matei o Zé Hugo, mas se souber onde ele está vou matá-lo onde estiver. Ele assassinou meu irmão, que era um homem justo, honesto e querido pela população do Acre”, disse ao repórter da Record.
Sobre a morte do policial Walter José Ayala e de Raimundo Alves de Oliveira, o Raimundim, o ex-deputado também garante que não teve nenhuma participação. “Qual o motivo que eu tinha para matar um irmão de farda? Envolveram-me nessas denúncias para me incriminar. Até 1999 não existia nada contra a minha pessoa. Sou um homem sério, digno e honrado”, assegura.
'Caixa 2’ no Judiciário Acreano
Ao falar das denúncias do desembargador aposentado, Gersino José da Silva, o ex-coronel Hildebrando disse que todas são mentirosas. “O Gersino começou a me perseguir depois que descobri um ’caixa dois’ no Tribunal de Justiça do Acre, e também porque fui contra um aumento de salários aos desembargadores”.
O ex-deputado apresentou documentos a reportagem da Record
“Eu não tenho contato com boliviano, rapaz!”
Quando Resende perguntou sobre o envolvimento de Hildebrando com o narcotráfico na Bolívia, ele imediatamente disse: “Eu não tenho contato com bolivianos, rapaz!”, e mostrou um documento provando que a pessoa que lhe denunciou por compra de votos e tráfego de drogas não tinha Título de Eleitor, na época em que fez as acusações.“O que existe contra mim são apenas depoimentos de bandidos. Não existe nenhuma prova material de que eu tenha matado alguém ou traficado drogas”, desafia.
“Choro com facilidade”
Hildebrando disse que é uma pessoa sensível, e que chora com muita facilidade. Ele demonstrou emoção ao lembrar da cassação do seu mandato de deputado federal.“Ao cassarem meu mandato e me botarem no cárcere, rasgaram meu coração; as pessoas que fizeram isso não têm moral sequer para levantar a vista e me olhar nos olhos”.Ele disse que todo o dia pede a Deus para livrá-lo de seus inimigos, e acredita que Deus é verdadeiro e que vai cobrar as pessoas que lhe fizeram mal.
Pascoal fica irritado e diz que não vai gravar
O momento em que Hildebrando começa a tirar a roupa
Hildebrando tira a roupa
Quando foi informado de que já estava sendo filmado, Hildebrando teve um ataque de raiva e disse ao repórter Marcelo Resende que não iria mais dar a entrevista. Ele tirou a camiseta branca na frente das câmaras, ficando apenas de bermuda. Ao tirar a blusa, Pascoal tentava se livrar dos equipamentos de gravação. Mas Cabrini o convenceu a continuar falando.
O ex-deputado entrou na sala onde foi realizada a gravação para a TV Record segurando uma bolsa grande com desenhos do ursinho Puff, onde continha documentos e uma bíblia, que, segundo informações de pessoas próximas, tem sido sua companheira.
Procurador diz que não há provas periciais contra Hildebrando
O procurador Samy Barbosa disse que não existem provas periciais contra Hildebrando nas acusações feitas contra ele, e que a Justiça do Acre concedeu pelo menos 15 benefícios de delações premiadas à pessoas que prestaram depoimento contra Pascoal.