Hoje no Acre, ex-Fla Bujica fala via Twitter com a torcida

Bujica usa o Twitter para falar com os fãs
Protagonista de um dos mais emblemáticos duelos da história de Flamengo x Vasco, Marcelo, de 41 anos, vive a 4.007 km do Rio de Janeiro, mas graças ao Twitter está cada vez mais em contato com os rubro-negros, especialmente aqueles com mais de 30 anos, que jamais esquecerão o dia 5 de dezembro de 1989.

Nesta data, Marcelo, como hoje é conhecido no Acre, onde vive, era apenas Bujica, candidato a coadjuvante de um clássico que tinha um Flamengo em crise, e um Vasco na crista da onda, chamado de selevasco pela imprensa e que teria em campo, pela primeira vez, o craque Bebeto, que havia trocado a Gávea por São Januário.



— Falavam que o Vasco golearia a gente, o Bebeto prometia atuação de gala, mas nós ganhamos com um show de Zico. Eu nem toquei na bola, ou melhor, toquei apenas quatro vezes — diz o humilde Bujica, que em duas destas quatro vezes mandou a bola para o fundo da rede vascaína, de coadjuvante virou herói e acabou com a graça dos rivais.

Depois daquele dia, Bujica nunca mais foi o mesmo e acabou voltando a ser Marcelo. Mas sem qualquer tipo de mágoa, muito pelo contrário. De Rio Branco, onde toca o projeto social Bom de bola, Bom na escola, com quase 400 crianças (“a maioria é rubro-negra”, diz), o folclórico ídolo usa a rede social para se comunicar com os fãs e expressar todo seu amor ao Flamengo.

— Uso todas as redes sociais. Aprendi com um torcedor lá do Espírito Santo e acho o maior barato. Sou rubro-negro desde pequeno. Cresci dentro do Flamengo, entrei e fiz dois gols contra o Vasco. Não tem coisa melhor do que fazer gol contra eles. É especial demais. Fiz o que tinha que fazer. Não precisa mais. E sou muito feliz por isso — diz Bujica, prestes a terminar a faculdade de Educação Física.

Como bom rubro-negro fanático, a defesa incondicional de Zico é um dos temas prediletos de Bujica na rede social.

— Sou Flamengo e Zico. Todo o meu amor ao clube se deve ao que ele fez, ao que aprendi com ele na Gávea. Sei que ele é uma pessoa correta, mas infelizmente há na Gávea gente que pensa mais em si do que no clube — completa o ídolo, antenado com a vida política do clube.
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