O primeiro candidato a chegar para o debate na TV Gazeta foi o candidato Tião Viana.
Depois chegou o candidato Bocalon e por último, Antônio Gouveia, o Tijolinho. Na primeira sabatina feita pelos jornalistas presentes, eles já demonstraram o tom que prevaleceria ao vivo. Todos falavam em democracia, ética e propostas de governo.Foram quase duas horas de debates, com dois longos blocos de perguntas e respostas entre si, com direito a réplica e tréplica. No primeiro bloco, depois de se apresentarem, respondendo a perguntas feitas pela produção, Tião Viana e Bocalon apresentaram como propostas prioritárias de governo: a geração de emprego e renda, humanização da saúde, acesso a inclusão social e segurança. Tijolinho diferenciou o enredo ao falar da implantação de uma Faculdade Estadual, como prioridade de governo.
Quando o assunto foi desenvolvimento do Estado. A oposição cobrou mais geração de emprego e renda para as mais de 60 mil famílias inseridas no bolsa família. Tijolinho cobrou ramais para o escoamento dos produtos, enquanto que, Tião Viana, lembrou do passado de salários atrasados, esquadrão da morte e o caos na saúde pública, como desafios enfrentados pelos governadores Jorge e Binho.
O clima esquentou no segundo e terceiro bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si. A primeira pergunta foi feita pelo candidato Antônio Gouveia para Tião Viana. O tema mais uma vez foi a saúde pública. Tijolinho quis saber que milagre o candidato fará para resolver os problemas do setor em apenas 04 anos.
- Me preparei durante 30 anos para humanizar a saúde. Os desafios estão sendo vencidos, temos a Faculdade de Medicina que forma 160 especialistas no Acre, o Hospital do Juruá, Hospital do Câncer, as melhorias no TFD – respondeu Tião Viana.
A surpresa do bloco foi para a declaração de Tião Viana que patenteou a frase “Saúde de primeiro mundo” ao empresário Narciso Mendes, que segundo o candidato petista, foi quem criou o termo quando fazia oposição ao Governo da Frente.O debate seguiu revelando números. Segundo Tião, a folha de pagamento do Estado saiu de R$ 10 milhões em 1998 a para R$ 100 milhões em 2010. Bocalon disse que grande parte desses recursos são pagos a Cargos em Comissão e forçou sem sucesso, a confissão de Tião Viana com relação ao número de comissionados contratados pelo governo do PT.
- Ele não respondeu quantos Cargos Comissionados existe no Acre. Isso é uma caixa preta que o PT esconde a sete chaves. Eu mesmo estou desde o início da campanha, pedindo que Tião Viana responda quantos cargos existem na inchada folha do governo – disse em réplica Bocalon.
Tião Viana também revelou que mais de R$ 1 bilhão já foram liberados para a construção da BR 364. Ao falar sobre ciência e tecnologia, em debate com Bocalon, Tião citou o programa Floresta Digital e se irritou quando Bocalon desqualificou a pavimentação da BR 364.
- O senhor não olha dentro do olho no debate. O caminho não é esse de acusação.
Ainda nesse debate, foram citadas a importância da Álcool Verde e parcerias com a Embrapa. Bocalon alfinetou ao afirmar que em seu governo, vai utilizar a Funtac para analisar o asfalto da BR 364 e evitar o que chamou de “lavagem de dinheiro” nos 12 anos de construção da rodovia.
No terceiro bloco, foi Tijolinho que puxou o debate sobre Tráfico de Drogas, outro tema importante avaliado pelos candidatos. Tião Viana admitiu que as fronteiras do Estado estão abertas e citou que em 2010, foram apreendidas 800 toneladas de maconha.
Em seu governo, Tijolinho prometeu reforçar a segurança pública e pagar os precatórios dos Policiais Civis.
O clima voltou a esquentar quando Tião Bocalon falou de meio ambiente e acusou o governo petista de ser um dos que mais desmatou no Acre. Tião Viana disse que será um defensor da matriz ética sócio-ambiental. O tom continuou entre Tijolinho e Bocalon que analisaram como perseguição, as multas aos pequenos produtores.
Ainda em estúdio, em entrevista para jornalistas, Tião Viana agradeceu a oportunidade de democracia. Bocalon disse que o debate irá contribuir para que ele continue crescendo nos números das pesquisas. Tijolinho disse que essa foi uma oportunidade da população conhecer melhor suas propostas.