Irresponsabilidade: marca registrada do transporte de madeira no Acre

Caminhão carregado de toras ameaça vida das pessoas na estrada de Sena Madureira.

As imagens publicadas nesta reportagem foram registradas no último sábado, 22, na BR-364 sentido Sena Madureira/Rio Branco. O caminhão de placas KTZ 8152, carregado de troncos de madeira, trafegava de forma totalmente irresponsável, colocando em risco a vida das pessoas que transitavam pela estrada naquele momento.

A reportagem da Agência ContilNet acompanhou o veículo por cerca de meia hora e presenciou o medo dos transeuntes com receio de as toras de madeiras caíssem a qualquer momento no meio da via. Um ciclista, por exemplo, quando notou a chegada do caminhão, pedalou o mais forte que pôde, mas mesmo assim ainda ficou sob o risco iminente da queda das toras, já que acabou sendo ultrapassado pelo veículo.


Na passagem pelo município do Bujari o motorista do caminhão foi abordado por uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal, que vetou a continuação da viagem até que a carga estivesse adequadamente posicionada.

Segundo informações da PRF, o condutor conseguiu o auxílio de uma máquina pesada de uma madeira do município que possibilitou o posicionamento melhor para os troncos, deixando-os presos sem oferecer risco à sociedade.


Falta de fiscalização abre espaço para irregularidades
A reportagem da Agência ContilNet ouviu da PRF que não há uma fiscalização específica que atue nas estradas para coibir o transporte ilegal de madeira no Estado. Segundo a PRF, o efetivo reduzido do órgão impossibilita a ação, que só é executada em casos de denúncia sobre alguma irregularidade registrada nas estradas do Acre.

Não é incomum se observar caminhões e mais caminhões carregados de madeira trafegando sabe-se lá em que condições pelas estradas do Estado, principalmente no período noturno, quando a fiscalização que já não é tão rígida está ainda mais frágil.


– É uma cena normal ver caminhões sobrecarregados de madeira trafegando pela BR-364. Não tem fiscalização nenhuma. E para completar, esses veículos pesados, juntamente com aqueles que fazem o transporte de material para a pavimentação da BR, estão destruindo a estrada, que já esta cheia de buracos por causa do excesso de peso que é aplicado nela – relatou Antônio Soares Dias, de 54 anos, morador do ramal Toco Preto.

Somada a falta de fiscalização está a irresponsabilidade e a falta de consciência social de motoristas e empresários, que não parecem se preocupar muito com a segurança no serviço, haja vista que os veículos usados para o transporte, em sua maioria, são caminhões em condições duvidosas.


Fonte:
Agencia Contilnet