Popular. Assim foram os minutos de entrevista na primeira sabatina feita pelo quadro Boca no Microfone do programa Toque&Retoque da Rádio Gazeta FM 93.3, apresentado pelos jornalistas Eliane Sinhasique e Liano Jr. De forma bem humorada, Sergio Oliveira [o Petecão] do PMN respondeu as perguntas dos apresentadores, convidados e feitas através da internet e ao telefone.
O filho de dona Raimunda e do Pelado da 06 de Agosto, disse que deseja ser um Senador do Povo, um representante do Estado Acreano que converse desde o presidente de bairro ao Presidente da República.
- Não entendo a postura de determinados Senadores que não vão a pequenas reuniões. Quero ser um Senador que faça reunião com cinco pessoas lá na estrada Transacreana, que se reúna com a bancada federal em Brasília, um representante do Estado que esteja com os pés no chão. Da mesma forma como eu fui deputado e como sou deputado federal – argumentou.
Deputado estadual em dois mandatos, presidente da Assembléia Legislativa do Acre durante quatro legislaturas, deputado federal mais votado na capital, membro da Comissão de Constituição e Justiça e vice-presidente da Comissão da Amazônia, Petecão disse que está preparado para ser Senador da República.
- Não entendo essa sede de poder da Frente Popular, defendo aqui o equilíbrio da democracia, quem vai dizer se eu estou ou não preparado para o cargo é o povo, mas acho que cursei a faculdade mais importante que é a faculdade da vida. Sinto-me preparado – acrescentou.
O pré-candidato assumiu compromisso com a população Acreana em defender os interesses do Estado. Embora não acredite numa vitória do pré-candidato pelo PT, Tião Viana, caso aconteça, Petecão disse que vai manter uma relação respeitosa e de ajuda para o Acre.
- Hoje eu já faço isso. A Prefeitura de Rio Branco e outras prefeituras do PT tiveram emendas minhas alocadas. Perdi a eleição para o Angelim e nem por isso ficaram mágoas. Então, uma vez eleito Senador, vou trabalhar pelo Acre sem ver cores partidárias. Tenho que trabalhar para o povo que me elegeu – disse o entrevistado.
Petecão negou ter realizado demissões durante seus oito anos de presidente da Aleac. Mas afirmou ter feito uma moralização dos cargos públicos e um enxugamento da folha de pagamento.
- Moralizamos a Assembléia Legislativa e acreditamos ter feito um excelente trabalho. Assumimos num momento difícil junto com o Jorge Viana. Naquela época o Estado tinha três meses de salário atrasados, brigamos com os marajás que recebiam mais de R$ 30 mil de salários, enfim, acredito ter dado a minha parcela de contribuição como o Edvaldo está fazendo agora – disse.
Técnico em contabilidade, Petecão defendeu a redução de impostos, principalmente, dos que incidem sobre a cobrança da energia elétrica, uma das bandeiras de destaque defendidas pelo parlamentar através de sua atuação em Brasília. Ainda em análise à sua atuação, falou da luta pela aprovação da PEC 300, a sua participação na CPI da Energia Elétrica e na Comissão da Amazônia onde vem se dedicando na aprovação de emendas e projetos para Reforma do Código Florestal.
- Não aceito que ecologistas que discutem desenvolvimento sustentável no Armazém Ferreira [em Brasília] ou em Copacabana, venham querer ditar pra gente como é que se defende a Amazônia. Estou ajudando a defender propostas encampadas pelo Aldo Rebelo que é do PCdoB, mas que são de interesses de todos os Estados da Amazônia, inclusive o Acre – disse Petecão.
Politicamente, o pré-candidato negou desunião na oposição. Para ele, o que existe na oposição é diálogo. Ele garantiu que os partidos chegarão unidos nas convenções que acontecem até o dia 30 de junho.
Se não for eleito, Petecão disse de forma descontraída que será frentista no seu Posto de Gasolina. Para o deputado quem perde mandato tem que voltar a ser soldado raso.
- A decisão de ser candidato não foi minha. É de um grupo de pessoas que sonham em ter equilíbrio nesse Estado. Então é preciso ter um Senador nosso, que fala a linguagem do nosso povo.
Respondendo a pergunta do ac24horas, Petecão disse que votou a favor do projeto Ficha Limpa e que mesmo respondendo a um processo por sonegação fiscal, é candidato. Ele aproveitou para informar que assim como ele, 24 deputados estaduais da mesma época respondem o mesmo processo.
- Votei pela aprovação do projeto Ficha Limpa porque tenho convicção de que serei absolvido no processo que respondo, como outros deputados já foram – observou.
Bastante a vontade para falar sobre o homem do campo, o deputado federal e pré-candidato ao Senado pelo PMN defendeu um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, que garanta geração de emprego e renda.
- o Acre precisa de um novo modelo de desenvolvimento que garanta a nossa juventude, mercado de trabalho, geração de emprego e renda. Esse será um dos principais papéis nosso como Senador eleito pelo povo – concluiu Petecão.
Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas
Js.carioca@hotmail.com