Confira imagens internas do presídio de Rio Branco, divulgadas pelo CNJ

Equipe responsável por coordenar mutirão carcerário no Acre identificou irregularidades no presídio da capital.
Foto: Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
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A realização do mutirão carcerário em Rio Branco revelou uma face interna do presídio Dr. Francisco de Oliveira Conde que poucos conhecem. As imagens reveladas pelo Conselho Nacional de Justiça, órgão que coordena o mutirão na capital, mostram um pouco da realidade dos reeducandos que vivem no local.

Foto: Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
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Segundo a equipe designada pelo CNJ para coordenar a etapa do projeto no Acre, a Penal, como é conhecida a prisão pelos acreanos, está 322% acima de sua capacidade populacional, já que existem 677 vagas, mas estão abrigadas hoje 2.180 pessoas, entre homens e mulheres.

Foto: Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
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No local ainda foram detectados problemas como presos doentes misturados com sadios e detentos que deveriam estar no regime semi-aberto, descumpriram uma regra mínima nesse regime e, por isso, há muito tempo estão segregados no regime fechado.

Foto: Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
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Governo do Acre se compromete a implementar políticas de ressocialização no Estado
*Agência TJAC

Em reunião ocorrida na manhã de sexta-feira (11) no gabinete oficial do Governo do Acre, os juízes Luciano Lozekann e Selma Arruda, que juntos coordenam o mutirão carcerário em andamento no Estado, ouviram do governador Arnóbio Marques o compromisso de que o estado vai programar políticas de ressocialização no sistema prisional acreano.

Participaram do encontro os desembargadores Pedro Ranzi, Adair Longuini e Samoel Evangelista, Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Geral da Justiça do Acre, respectiamente; a técnica judiciária Noriko Tsukamoto, também membro da equipe do CNJ; e o Juiz de Direito Cloves Cabral, da 4ª Vara Criminal de Rio Branco e Diretor do Foro da Capital.

Luciano Lozekann expôs ao governador os principais problemas identificados a partir da visita de inspeção, realizada no dia anterior ao Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde. O Juiz Auxiliar da Presidência do CNJ solicitou do Governo a reestruturação da Defensoria Pública do Estado, órgão de importância fundamental para a efetivação do Sistema de Justiça e cumprimento da Lei de Execução Penal.

Segundo Lozekann, o governador afirmou que o estado já vem trabalhando no sentido de solucionar as irregularidades apontadas e que sua administração vai acelerar as medidas de implementação de políticas que visem ressocializar os detentos egressos do sistema prisional acreano.

– Foi um encontro extremamente positivo, onde o Governador se colocou à disposição, demonstrou as ações que estão sendo realizadas pelo estado, e vamos ser parceiros em várias propostas no sentido de efetivar a ressocialização dos egressos do sistema prisional local – enfatizou o magistrado.

Apesar de terem sido detectadas irregularidades, Losekann ressaltou que a situação dos presídios acreanos é melhor que a da maioria das penitenciárias brasileiras. – De modo geral, pode-se dizer que sistema prisional do estado do Acre está bem. Pode melhorar e está melhorando. E é exatamente isso que a gente deseja que ocorra – concluiu.


Foto: Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
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