Horário de verão começa neste domingo em 11 Estados e no DF

De acordo com expectativas do governo, com a adoção do horário de verão, será evitado um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas neste ano para suprir a demanda no horário de pico.
À meia-noite deste sábado, os brasileiros que vivem nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e no Tocantins terão que adiantar seus relógios em uma hora. A data dá início ao horário de verão, que vai até 17 de fevereiro de 2013. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, durante a vigência do horário diferenciado está prevista uma redução média de 5% no consumo no horário de pico, que vai das 18h às 21h.

O Tocantins participa do horário pela primeira, no lugar da Bahia, que registrou um alto índice de rejeição popular à medida, e o governador Jaques Wagner (PT) decidiu que o Estado seguirá o horário convencional adotado em toda a Região Nordeste. Uma pesquisa do governo mostrou que 75% da população baiana são contrários ao horário diferenciado.

O horário de verão é adotado em função do aumento da demanda por energia nesta época do ano, resultante do calor e do crescimento da produção da indústria com a aproximação do Natal. O Norte (à exceção do Tocantins) e Nordeste não aderem à mudança porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avaliou que a economia nesses mercados é pouco expressiva, e não justifica a participação.

Além da economia pouco expressiva de energia, os Estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário porque sua posição geográfica não favorece um aproveitamento maior da luz natural no verão, como ocorre nas demais áreas. De acordo com o ministério, por estarem mais próximos da linha do Equador, nesses locais incidem menos raios de luz ao longo do dia nos meses de verão.

O horário de verão poderá evitar gastos estimados em R$ 3 bilhões na construção de novas usinas térmicas a gás, que seriam necessárias para garantir a segurança do suprimento de energia no horário de pico. "Se não houvesse redução da demanda, o País teria que instalar usinas para atender às necessidades. Então, não instalando usinas, os investimentos deixam de ser feitos", disse o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, nesta quarta-feira.


Segundo ele, a mudança de horário proporciona um ganho considerável para a segurança do sistema elétrico brasileiro. "Menor demanda implica maior segurança para o sistema, que não fica tão 'estressado'. Há também maior flexibilidade operativa para liberar instalações para manutenção e redução da geração de energia térmica para atender a esse consumo", explicou o secretário.


De acordo com expectativas do governo, com a adoção do horário de verão, será evitado um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas neste ano para suprir a demanda no horário de pico. Segundo Grüdtner, a redução da demanda de energia no horário de pico neste ano deve ser de cerca de 4,5%, o que representa 2,2 mil megawatts. A redução total de consumo deverá ser de 0,5%.

Com informações da Agência Brasil


Fonte:
Terra